#01 - Café propositivo - TOP 5 MELHORES CENAS DE NUDEZ - Tesla - Nitrocelulose - Propondo com diálogo e café

quarta-feira, 15 de julho de 2020

#01 - Café propositivo - TOP 5 MELHORES CENAS DE NUDEZ - Tesla - Nitrocelulose

O café propositivo tá especial com a participação do Nitrocelulose que inclusive foi um canal indicado pela segunda Dica expressa do blog: #02 Dica expressa - Expresso 02 - Reflexão sobre o meio ambiente e a censura . Hoje a Tesla (Amanda Coelho) vai trazer para vocês um conteúdo bem cafeínado no cinema que é temática profunda e sensível: TOP 5 MELHORES CENAS DE NUDEZ. Então se vocês são cinéfilos e amam estimular o pensamento crítico, embarquem nessa jornada! Agora fiquem com essa análise preciosa da Tesla.

TOP 5 MELHORES CENAS DE NUDEZ


Segundo as definições a nudez ou o nu “é a condição ou estado pessoal em que totalmente encontra-se uma pessoa sem nada acobertando o seu corpo”, mas a nudez sobre a qual eu quero falar aqui é bem mais intima do que um corpo à mostra, é a nudez de quando alguém expõe seu eu mais profundo, sem esconder-se sob máscaras, medos ou dissimulações. O ano é 2020, o sexo está banalizado e passa longe de ser o momento mais intimo entre duas pessoas. A nudez? Bom, ela está a “clique” de distância. E, no entanto, as pessoas estão cada vez mais inacessíveis. 

Temos presenciado um século em que ser sensível e demonstrar sentimentos é sinal de fraqueza; o medo de nos expor e estar vulneráveis ao mundo e ao outro nos faz construirmos muros em lugares que se aconselha construírem pontes e o silêncio é a linguagem universal. Quando alguém quebra essas barreiras é quando, nos moldes atuais, ele está verdadeiramente se expondo nu diante de todos, e é nessa nudez que reside a nossa verdadeira essência, é nessa nudez que reside a nossa maior fraqueza ou a nossa maior força, isso depende do que os seus medos te fazem achar...

É sobre essa nudez e o que ela quer dizer que eu te convido a refletir com as cinco cenas que foram selecionadas para esse post.



Vídeo: Nitrocelulose


FRANCES HA


Lançado em 2011 e dirigido por Noah Baumbach, Frances Ha vai narrar a trajetória de Frances (Greta Gerwig) uma mulher de 27 que encarna muito bem o arquétipo de jovem deslocada e perdida, mas que busca a realização de um grande sonho. Frances divide o apartamento com sua amiga Sophie e seu maior sonho é fazer carreira na dança. Ela não tem pais artistas e nem influência no mundo artístico, além disso, é bem evidente que também não tem uma vocação nata para a dança, Frances não é a melhor dançarina, tem uma postura desajeitada e, no entanto, esse é seu sonho e ela vai correr atrás dele.

Esse não é o típico filme de amadurecimento em que a personagem principal busca obter sucesso. É um filme muito sensível sobre uma mulher vinda de uma cidade pequena, encarando uma realidade totalmente nova – a de nova York – enquanto busca encontrar seu lugar no mundo.

Frances é divertida, carismática e “inamorável”, como um de seus colegas costuma chamá-la, um apelido que ele lhe atribuiu devido ao fato de Frances ter esse jeito peculiar: é espontânea, rebelde, desengonçada, bagunceira, adora citar trechos de livros e parece estar sempre sonhando ou pensando demais sobre a vida.



Frances é divertida, carismática e “inamorável”, como um de seus colegas costuma chamá-la, um apelido que ele lhe atribuiu devido ao fato de Frances ter esse jeito peculiar: é espontânea, rebelde, desengonçada, bagunceira, adora citar trechos de livros e parece estar sempre sonhando ou pensando demais sobre a vida.

Frances é tão sensível que essa sensibilidade às vezes foge do seu controle e ela acaba se mostrando de forma tão profunda e sincera que é como se se expusesse nua, sem nada pra encobrir-lhe a alma.

“É isso que eu quero em um relacionamento, o que meio que explica porque estou solteira agora. É difícil de explicar. É uma coisa quando você tá com alguém e você ama a pessoa e vocês sabem disso. Vocês estão juntos, mas é uma festa, sabe? Os dois estão conversando com pessoas diferentes. Você tá lá sorrindo e olha para o outro lado da sala e vocês trocam olhares. Mas não porque são possessivos ou que seja algo sexual, mas apenas porque aquela é a pessoa da sua vida. E isso é engraçado e triste, mas só porque esta vida vai terminar. E é esse mundo secreto que existe bem ali em público, mas imperceptível, que ninguém vai ficar sabendo. É tipo como dizem, uma outra dimensão que existe ao nosso redor, mas não temos a habilidade de notar. Sabe? É isso. É isso que quero de um relacionamento. Ou da vida, eu acho. Amor. Parece que tô viajando, mas não tô…”
Ninguém ali está preparado para aquela explosão de espontaneidade e ela recebe alguns olhares desconcertados dos outros que estão na sala. Ela mesma parece se sentir desconcertada após se abrir, revelando algo tão íntimo.

Essa é a minha cena favorita de Frances Ha, não só porque a frase é linda e, obviamente, qualquer um deseje o mesmo que ela, mas porque nessa cena vemos claramente o porquê de Frances ser tão deslocada: ela é profunda em um mundo cheio de superficialidades; ela sente e QUER sentir, enquanto os outros têm medo de estar vulnerável a coisas como amor e, enquanto o resto do mundo esconde seus sentimentos embaixo de uma máscara de apatia, Frances dança sem medo de bancar o preço de mergulhar fundo em um mundo de pessoas rasas.

 PARIS, TEXAS


A cena é Travis sentado diante de uma cabine, Jane está do outro lado do vidro e não pode vê-lo. Ela acha que ele é só mais um cliente. Travis senta-se de costas, ele não quer ver o rosto de Jane enquanto ele expõe tudo o que precisa dizer. Ele começa a contar a história de um casal que ele conhece, ele era mais velho, ela uma garota de 17 ou 18 anos. Eles eram felizes, muito felizes, a vida para eles era como uma grande aventura, mas aos poucos esse encantamento foi cedendo espaço para pesos que foram se acumulando até o ápice de um rompimento drástico: ela foge após atear fogo no trailer em que viviam, abandonando-o junto com seu filho.

Conforme a história avança, Jane vai se identificando e ficando visivelmente emocionada, até que percebe que aquela não era uma história qualquer que um estranho lhe contava. Que aquela é a sua história, e que do outro lado do vidro não tem um estranho e sim o pai de seu filho que ela abandonou anos atrás. Ainda nessa cena há um momento que acho lindo e extremamente sensível: Travis vira-se para o vidro, o reflexo do rosto dele se confunde com o de Jane e eles transformam-se em uma pessoa só, tudo isso reflete o teor de todo o monologo de Travis: eles estão no mesmo patamar nessa história, eles não são culpados e sim vítimas. Vítimas do amor um do outro, mas vítimas ainda assim. Jane era muito jovem para toda a responsabilidade que aquela vida lhe exigia e ela sonhava apenas em fugir. Travis era bem intencionado, mas seu amor não tinha limites e machucou Jane e consequentemente a si mesmo.


Jane desliga a luz do quarto e consegue ver Travis através do espelho. Eles estão perto, mas separados, separados pelo vidro e separados por um passado que não é possível de ser evitado. Jane está completamente desarmada depois do monólogo de Travis, e Travis está finalmente em paz com tudo aquilo que ele literalmente calou durante seus anos de peregrinação. É uma trégua com a magoa para os dois, que agora podem seguir em frente despidos desse passado triste e traumático.     

BIG LITTLE LIES


Produzida pela HBO, Big Little Liars tem como ponto de partida a investigação de um crime sobre cujos detalhes não temos muito acesso o que, no fim das contas, não faz muita diferença, pois a série usa a premissa como gatilho para prender o espectador e abordar um outro assunto que dificilmente chamaria atenção em um primeiro momento: a vida de cinco mulheres e suas vidas e relacionamentos familiares.


Todas elas são mulheres aparentemente perfeitas e com vidas igualmente perfeitas. Mas a serie vai aos poucos nos mostrando que as coisas não são bem assim. Apesar de serem mulheres que fazem parte de um círculo social que lhes permite ter tudo ao se alcance, elas são, na verdade, mulheres que lutam com preconceitos, passados traumáticos, expectativas frustradas e agressões...



A personagem que mais se destaca no elenco é a Celeste Wright, vivida por Nicole Kidman. Celeste é uma ex-advogada que é obrigada a deixar a profissão pelo se marido abusivo e controlador, Perry, interpretado por Alexander Skasgard, sendo forçada a ser apenas uma “dona de casa” e cuidar dos seus dois filhos pequenos. O relacionamento deles é extremamente abusivo, e mesmo sofrendo agressões físicas e abuso sexual, Celeste sempre acaba perdoando o marido, que encarna muito bem o típico homem abusivo que após agredir parece estar sempre disposto a buscar redenção, implorando perdão e enchendo a esposa de mimos.


O momento mais marcante da série vem no sétimo episódio da segunda temporada. Perry está morto e Celeste está brigando pela guarda de seus filhos, tendo que lidar com as invasões que Mary Louise (Maryl Streep), mãe de Perry, faz em sua vida. Mary expõe todos os problemas pessoais de Celeste para desmoralizá-la como mãe e tomar-lhe a guarda dos netos, enquanto pinta a imagem do filho como um homem imaculado e sem defeitos.


A cena é um julgamento. Celeste se vê obrigada a usar um artificio muito delicado para conseguir provar a má índole de Perry diante de todo o tribunal: uma cena gravada por um de seus filhos, em que é humilhada e espancada pelo ex-marido. O vídeo é extremamente violento e impacta todos os presentes.


Essa cena é de uma nudez extrema e tocante. Celeste sofreu todos os tipos de abuso por parte do Perry, e se calou por muitos anos, aceitando submissa as humilhações e perdoando os desvios do marido. Mas diante da possibilidade de perder os filhos ela se vê encurralada e sem outra alternativa que não seja expor um momento delicado da sua vida que, com certeza, ser humano nenhum gostaria de exibir.


Big Little Lies é uma série corajosa ao tratar de temas tão íntimos e delicados sem ser pedante e sem contornar a dura realidade de temas como relacionamentos abusivos, preconceito, vícios, agressão doméstica, medo, estupro, entre outros.


GRITOS E SUSSURROS


Filme de 1972, dirigido por Ingmar Bergman, Gritos e Sussurros vai contar a história das irmãs Karin, Maria e Agnes que vivem em uma grande casa de campo na Suécia. Com a ajuda da funcionária Anna, Agnes passa seus momentos finais devido a um câncer. Somado a isso, o trio enfrenta dificuldades em manter uma boa relação, graças a acontecimentos do passado que vêm à tona.

       
Neste filme Ingmar Bergman utiliza novamente um artifício que é muito comum em seus filmes: colocar os personagens em um ambiente fechado e que os fora a confrontarem-se entre si mesmos e com seus demônios interiores. Este cenário é a casa em que vivem as irmãs. Todas as paredes são vermelhas, denotando que naquela casa há um sentimento de violência que permeia todos os ambientes, uma violência que não é necessariamente física, mas simbólica.


Outro detalhe importante nos filmes do Bergman são as emoções, mas ao invés de criar diálogos que expressem o que se passa no mais profundo de cada personagem, ele deixa que tudo seja colocado em tela em longos momentos silenciosos em que os atores têm suas expressões faciais exploradas ao máximo. E Bergman escolhe seu elenco cirurgicamente, sabendo alocar as potencialidades de cada ator da melhor forma possível.




É nesse cenário que entra Liv Ullmann, a atriz preferida de Ingmar Bergman. Em seu livro autobiográfico “mutações” Liv confessa que sempre desconfiou que havia sido escolhida para dar vida a personagens que representam as angústias do próprio Ingmar. Papel que, a meu ver, ela interpretou perfeitamente em cada atuação. Liv tem um olhar forte que consegue caminhar de sentimentos como a mais profunda melancolia à sensação de conforto e compreensão, e é incrível como aquele rosto jovem e angelical pode perturbar o mais solido telespectador com apenas um olhar.

   
Um desses espetáculos de atuação acontece em Gritos e Sussurros. A cena é Liv Ullmann contracenando com Erland Josephson. David (Erland Josephson) pede que Maria, personagem de Liv Ullmann se posicione diante do espelho, ela veste vermelho está atraente e com uma postura confiante. Eles ficam de frente ao espelho e nós que assistimos a cena não podemos ver o espelho ou o reflexo dos personagens, eles estão, na verdade, em frente à câmera e nós, que assistimos, somos o espelho. Maria nos encara fixamente enquanto David destila todos os detalhes das mudanças que o tempo operaram em seu rosto e em sua alma e isso vai nos dando a sensação de que ele está despindo a moça bem em nossa frente, não de uma forma sexual, mas muito mais intimista, ele está despindo Maria de toda a sua confiança e enfrentamento.

O olhar de Maria vacila e percebemos que ela está abalada, mas para nossa surpresa ela rebate a invasão de David dizendo o que ele vê em se rosto é na verdade um reflexo de si mesmo. Essa cena insere duas metalinguagens com o mesmo símbolo: o espelho. 

Quando Bergman faz com que seus personagens se confrontem, ele nos mostra que, muitas vezes, aquilo que tanto nos causa desconforto no outro, são aspectos que encontramos em nós mesmos e para os quais fechamos os olhos, pois somos incapazes, ou temos medo de admitir que compartilhamos dos mesmos defeitos e desvios que o nosso semelhantes. Há um ditado que diz que sempre que apontamos o dedo para alguém, temos mais três dedos apontados em nossa direção, acho que é sobre isso que Nietszche fala quando diz:


“Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.”


A segunda metalinguagem é que nós somos o espelho em que Maria se encara, aqui o Bergman deixa bem claro que essa mensagem não se aplica apenas àqueles dois personagens, mas a todos, inclusive a nós, que assistimos. Estamos diariamente encarando os abismos de quem nos cerca e temendo por tê-los dentro de nós mesmos, mas será que temos coragem de nos questionar ou de admitir que esse outro, também poderia ser o nosso reflexo no espelho?

FLEABAG


Fleabag é uma série britânica produzida pela Amazon em parceria com a BBC. Criada, escrita e estrelada por Phoebe Waller-Bridge, a trama gira em torno de uma mulher de 33 anos que enfrenta dificuldades profissionais, de relacionamentos amorosos e familiares, enquanto tenta lidar com a morte da melhor amiga, que se suicidou acidentalmente.

Fleabag é uma mulher com um humor ácido e inteligente, e uma sinceridade cortante. A série que aparentemente é uma sitcom se desconstrói aos poucos quando imediatamente após o riso ela nos desconcerta e nos dá o soco no estômago, quando nos mostra a vulnerabilidade da Fleabag que usa a irônia e o sexo pra disfarçar tudo aquilo que pesa em sua vida: culpa, luto e solidão.

Tudo parece estar errado na vida de Fleabag, ela é rejeitada pela família, seu café está falido, ela não consegue lidar com o marido abusivo da irmã, seus relacionamentos são um fracasso, sua melhor amiga se suicidou e ela se sente completamente sozinha... mesmo com tudo isso, ela parece estar sempre equilibrando esses pesos e lidando com bom humor, sempre inserido de maneiras muito inteligentes. Fleabag está sempre quebrando a quarta parede e estabelecendo diálogos com quem está assistindo, e isso aos poucos vai se revelando como, não só uma ferramenta de narrativa, mas também uma estratégia de fuga da realidade que a personagem usa.

Mas não é possível fugir para sempre, toda essa carga negativa em sua vida vai sendo revelada aos poucos e descobrimos que Fleabag é uma mulher extremamente triste e cheia de sentimentos ausentes e com um peso que lhe impede de ter tréguas com o seu passado.
 


A série vai destrinchando aos poucos a alma dilacerada de Fleabag, que mesmo sendo tão fragmentada, não se permite desistir ou desabadar em momento nenhum, mas tudo vai ficado cada vez mais pesado e confluindo para um momento de explosão de Fleabag que é uma das cenas mais sinceras e intimas que já vi até hoje.


A cena é Fleabag sentada em um confessionário, ela não acredita em Deus, embora já tenha confessado ao longo da série ter inveja de quem sente conforto em acreditar nele. Ela não consegue se abrir, nesse momento percebemos que Fleabag não só disfarça sua desgraça pra quem está ao seu redor, como também a nega para si mesma, numa tentativa de afogar todas as suas mágoas e, quem sabe assim, se ver livre delas.


Quando Fleabag consegue finalmente se abrir, ela transborda tudo aquilo que a gente já desconfiava que existe dentro dela. Finalmente vemos Fleabag despida de todo a sua ironia e seu humor àcido e mostrando sua verdadeira face: uma mulher confusa, apavorada, sensível e que esconde uma fragilidade imensa por trás de uma máscara de rebeldia e inconformismo.


 A simplicidade e sinceridade de Fleabag me pegaram de jeito e me desestruturaram, e é por isso que ela é, atualmente, uma das minhas séries favoritas. Todo mundo adora a história de uma mulher forte e feminista, que batalha pra conquistar seu espaço no mundo, e Fleabag é tudo isso, mas ela é, acima de tudo, humana, ela tem medos e defeitos, e, assim como todos nós, tem que lidar com tudo isso, enquanto tenta fazer a sua vida dar certo.

Por Tesla

Vocês não ficaram com vontade de assistir todas essas séries e todos esses filmes? Que sensibilidade em retratar cada cena, agradecemos a Tesla pela bela análise e acompanhem o canal nitrocelulose no youtube e no instagram
Lendo essa resenha percebemos que o cinema quer retratar como "somos tão humanos" com toda a capacidade de sentir diversas emoções e decerto que, se permitir se despir nos fazem ainda mais únicos. Nós com certeza vamos assistir ou re-assistir com esse novo olhar. Que venham mais collabs!



Fotos: Google Imagens

2 comentários:

  1. Parabéns,a vcs pelo café propositivo. São ideias e iniciativas como esta que fazem a diferença nós espaços cotidianos. Muito, show a convidada Pois analisa com muita propriedade os filmes e séries abordados...

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  2. Obrigado querida, ficamos muito gratos com o seu feedback, estamos felizes que tenha gostado dessa collab, Tesla é realmente maravilhosa, ah e fica de olho que virão muitas outras publicações bem cafeínadas!

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