#06 Redação cafeínada - O cerceamento da liberdade jornalística no Brasil - Propondo com diálogo e café

terça-feira, 7 de julho de 2020

#06 Redação cafeínada - O cerceamento da liberdade jornalística no Brasil


O cerceamento da liberdade jornalística no Brasil
Em artigo para o “Observatório da Imprensa” a jornalista Denise Becker fala sobre o papel do jornalismo: “É missão de todo jornalista auxiliar o público a ver e compreender o que se passa”. Fica claro que é uma profissão com vital importância para a sociedade, porém através dos tempos sofre com a censura, seja ela violenta ou através de manobras que limitam ou muitas inviabilizam seu trabalho, como explicar isso?

O povo precisa do jornalismo e o jornalismo é o maior amigo da democracia, não é por acaso que regimes ditatoriais tenham como um dos seus alvos principais a imprensa. No Brasil na época da ditadura militar jornais eram fechados, jornalistas coagidos e até mortos, não era possível exercer o direito e o compromisso com a informação.

Em 2020, 35 anos após a redemocratização, o Brasil ocupa a posição 107 entre 180 países pesquisados na "Classificação Mundial da liberdade de imprensa", produzido pela organização “Repórteres sem Fronteiras. Profissionais da imprensa continuam ainda hoje a sofrer com supressões, inclusive recentemente incentivadas pelo Presidente da República, que os intimidam na realização das suas atividades. Segundo reportagem da “Agência Brasil”, escrita pela repórter Heloisa Cristaldo, relatório da Unesco publicado em 2019 diz que o Brasil é o sexto país mais perigoso do mundo para os profissionais da comunicação, classificando como "verdadeira violação à liberdade de expressão".

Diante de pedidos de volta da ditadura, intervenção militar e a censura crescente, é preciso lembrar do papel social da mídia em abrir os olhos das pessoas e mostrarem a realidade cotidiana. Os comunicadores têm todos os dias seu trabalho desacreditado pela indústria das Fake News e reprimido por ações na justiça que os obrigam por exemplo a se desfazer da prerrogativa do anonimato das suas fontes e a pagar valores abusivos em processos questionáveis. Calar a imprensa é atacar a democracia e com a democracia enfraquecida estaremos expostos novamente ao horror do não direito à liberdade.

Portanto é necessário proteger o jornalismo livre, com cobranças de ações efetivas do Executivo, Legislativo e principalmente do Judiciário dando acesso a livre a comunicação. É preciso o aumento dos recursos na formação de jornalistas para trazer ainda mais qualificação a área. E que se faça valer o que está escrito no Artigo 220 da Constituição de 1988: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.” Tudo para que a imprensa não tenha medo e nem entraves para fazer o seu papel de trazer a informação ao povo.
        Por Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Fontes:


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